sábado, 9 de abril de 2011

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A CADEIA PRODUTIVA DA FOLIA


Muita folia e movimentação na economia pernambucana. A grande procura pelo comércio carnavalesco e as diversas oportunidades de emprego aumentam expressivamente nessa época do ano. Os blocos, as troças e as escolas de samba fazem a alegria dos foliões, animando a comunidade e dando destaque aos talentos locais.
De acordo com Djalma de Albuquerque, da loja Linha & Cia, no mês de fevereiro a procura por fantasias, máscaras, chapéus, óculos personalizados, penas e perucas coloridas crescem cerca de 50%. “Apesar da grande procura pelos acessórios nessa época específica, nunca deixo de vender os produtos de carnaval durante o ano”, pontua Djalma. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL), Eduardo Catão, o comércio para as lojas que vendem produtos carnavalescos tem boas expectativas. Mas, devido à grande circulação de turistas nessa época do ano, todo o comércio acaba sendo favorecido.
Folia também é sinônimo de profissionalismo e dedicação. Apesar do pouco tempo para organizar o desfile, Felipe Moraes, que assumiu, em setembro do ano passado, a presidência Escola de Samba Deixa Falar, do bairro de Campo Grande, organizou uma equipe eficiente: seis costureiras e seis artesões responsáveis pela fantasias; cinco pessoas – entre serralheiros e marceneiros – responsáveis pelas alegorias, e três decoradores. Com o enredo “Amazônia, o desafio do desenvolvimento sustentável”, a escola vai colocar cerca de 900 pessoas no desfile, sendo 80% delas da própria comunidade. Serão quatro carros alegóricos e 120 homens na bateria. Para colocar a agremiação na rua, o orçamento da escola chegou a cerca de RS 112 mil reais. “Um dos meus grandes objetivo é fortalecer não somente o samba, mas a cultura de Pernambuco”, diz Felipe.
Desde setembro do ano passado, o bloco do Galo da Madrugada oferece, aos jovens das comunidades vizinhas à sede, no bairro de São José, cursos de música e confecção de fantasias e adereços. A iniciativa atinge os jovens com idade de dez a 16 anos, buscando contribuir diretamente na formação artística e profissional de cada um. A oficina de música é ministrada pelo maestro Lima Neto, e a de confecções pelo figurinista do Galo da Madrugada e também pedagogo Cid Cavalcante. “Pretendemos ampliar a formação dos jovens do curso de música com atividades práticas e queremos formar uma orquestra com eles. Para isso, vamos adquirir novos instrumentos”, afirma o presidente do Galo da Madrugada, Rômulo Meneses.
Por Camila Lindoso

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