terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Deixa Falar no Jornal do Commercio


Protesto por melhor estrutura em desfile de escolas



Recife precisa de sambódromo? A pergunta fica no ar, diante de muitos protestos contra a pouca estrutura oferecida ao concurso das agremiações, mais uma vez evidente neste Carnaval. Motivo, inclusive, de protesto da Escola de Samba Deixa Falar, de Campo Grande, que só vai desfilar por inteiro no bairro da sede, na próxima sexta-feira (24 de fevereiro). Dirigentes da agremiação defendem, além de maior subvenção, que um espaço definitivo para desfiles seja implantado em armazéns do Cais José Estelita, próximo ao Cabanga e à Av. Sul.
    Embora se caracterize por uma festa de rua para o folião brincar, a folia multicultural também tem espectadores e comunidades que sonham com a profissionalização, campo que poderia formar e empregar jovens da periferia.
    Escolas de samba reclamam do pouco apoio financeiro – cerca de R$ 13 mil pagos em duas parcelas e com imposto a ser descontado ¬ -, recebido do governo municipal, e das más condições da passarela improvisada na Av. Nossa Senhora do Carmo, com acesso pela Av. Dantas Barreto, mal iluminada, com carros estacionados na pista onde as agremiações se arrumam, barracas de comida desorganizadas, venda de bebida alcoólica em garrafas e escasso policiamento.
  Na passarela, as arquibancadas, gratuitas, não oferecem conforto e ficam lotadas cinco horas antes do desfile dos principais destaques. A pista, por onde os grupos passam, não recebe varrição constante, expondo figurantes a acidentes com o lixo que a plateia deixa cair (copos, latinhas, sacos de salgadinho, cascas de amendoim). A fiação baixa prejudica a passagem de carros alegóricos e as escolas usam carros de som que atrapalham a sonoridade das baterias, nem de longe parecidos com os potentes trios do desfile do Galo da Madrugada.

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